Mas que diabos?!
Acromia? É. A, ausência. Chromo, cor. Falta de cor. Branco.
O branco da folha virtual onde escrevo, que aceita as palavras como a tela aceita as cores. Palavras brancas na folha branca.
O branco do jaleco, segunda pele. Um disfarce para as inseguranças. A metamorfose do piá em dotô.
O branco do vérnix que recobre o bebê que nasce. Do blog que nasce. Da nova vida. Nova fase da vida.
O branco da cabeça, que não colabora pra completar a frase.
O branco do esquecimento. Da memória perdida. Das cores que se esvaem ao longo dos anos.
O branco dos olhos. Janela da alma? Janela embaçada. Janela fechada. Janela que se abre para o mundo. O branco os olhos, não esqueça de reparar que cada um tem um branco diferente nos olhos.
O branco da limpeza. Será?
O branco do urso polar que some na neve, mas que não esquece que por baixo da camada branca, a pele é negra.
O branco que é vazio. União de todas as cores? Não. Reflexo delas. O branco que pode ser qualquer cor, dependendo da luz sobre ele. O branco é a falta de cor própria.
Palavras brancas na folha branca. Com indefinição está definido. E está inaugurado!
Olá, mundo.